terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O NEGÓCIO DO FUTEBOL É BUCETA, MEU AMIGO!


Balela! Essa viagem de Ronaldinho Gaúcho pelo Atlântico é uma mentira tão mentirosa que parece verdade. O A.C.Milan – ou aquilo que ainda restou do que um dia o foi – não poderia se desfazer assim tão facilmente, no meio de uma temporada, do futebol de alguém que merecesse tamanha badalação e punhetação. Aliás, se um time como o rubro negro milanês uma vez o contratou é porque as coisas, certamente, não vão nada bem por aqui, obrigado! Questão de parâmetros, senhores. Simplesmente as peças não se encaixam, e por isso a mídia tem que promover o assunto com a mesmo intensidade – e charme, claro - do urubu destroçando carniça. Fome é a vez do futebol! Os aviões futeboleiros se entopem de escravos do corporativismo, que transforma suor em ouro de tolo (e essa metamorfose plastificada não se aplica apenas ao futebol). O “Patrão” - esse pseudo ídolo que já provou duas ou três vezes sua categoria de macaco de circo com a pelota, mas que parece eternamente alienado à honra e dever (essência de todo e qualquer craque de bola) – chega com os mesmo ares de malandragem, ostentando os mesmos brilhantes, luzes, cores e emoções que pautaram sua carreira nas telas do mundo todo. Humildade? Vergonha de ser chutado de mais um grande clube? Nada disso, o negócio da mentira vai muito bem no futebol, obrigado! O Flamengo ignora os sinais fenomenais deixados pelo xará mais famoso do “craque”, depositando em mais um falso profeta das chuteiras coloridas a esperança de títulos importantes esse ano. Acham que o desempenho dele será diferente do “Rolha de Poço” do Parque São Jorge? Veremos... Claro que nos “jogos” que vai “disputar” pelo “cariocão” ele tem tudo para “deitar e rolar”. E quando a primeira jogada sair, o primeiro passe com pose de modelo se concretizar contra um time de Caxias, as máquinas registradoras agitar-se-ão como o pau que deseja a buceta. Vejam o exemplo do xará, mas agora com a atenção voltada pro business: quanto mais ele se despedaça em campo feito um monte de batatas, menos atrito há na disparada às alturas da renda de sua marca, numa inversão aritmética que incomoda minha inteligência. Agora que descobriram a mágica do “retorno” para limpar imagem, polir seu tesão, não vão parar mais. Não nos esqueçamos: falamos aqui de abutres, hienas, que se contentam com os restos, migalhas. Justo com o nosso futebol... O futebol, o jogo do tosco, do sangue que fazia acontecer, aplaudir, desfalecer, desintegrar, gritar, chorar e rir. E fazer mais uma vez, unir, rasgar as divisões, hoje segrega, seleciona, separa, sempre abençoado pelas palhaçadinhas infantis dos bobos da corte usando microfone. O jogo dos palavrões, daqueles que se compartilha com a mulher no orgasmo, mas não se repete na mesa de jantar. O jogo do escape, do contrário, da vazão, da razão e da loucura... A Renascença da humanidade frente ao maior crime da mesma, ou seja, o mercado livre, a globalização, a banalização. O futebol moderno é a camisinha na foda saudável. O desperdício de tudo, a invenção do que não existe, a vitória de quem nem sequer entrou em campo. Virou um cu invertido, uma buceta que não se penetra. Virou Broadway. Eu não agüento mais. Vamos todos à merda, com sorrisos estampados em nossas faces. Que façam a “verdade”, enquanto matamos a vida. Para não passar em branco esse ano, eis meu registro atual. Não restam muitas palavras frente ao calamitoso declínio do jogo maior do homem. É hora de agir.

PS: Depois do mais prolongado e agonizante recesso da história juventina, estamos há poucos dias da volta a nossa vida – única, plena, vibrante, imprevisível e absolutamente insana. Os putos que cospem sua ignorância, vestindo ternos e gravatas, podem preparar seus soldados de plástico – que defendem suas pútridas finanças – porque a torcida juventina está longe de se sentir satisfeita. Hasta!